Protestos marcam visita de Dilma a Alagoas

 

Por Rafael Soriano
Da Página do MST

A presidenta Dilma Rouseff (PT) passou a última segunda-feira (25/7) em visita a Alagoas, no intuito de lançar em nível regional programas que atendem a população que vive na chamada pobreza extrema. O que Dilma não contava era com a presença de 400 manifestantes que a acompanharam em sua visita, ligados aos movimentos camponeses e ao movimento de servidores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

 

Por Rafael Soriano
Da Página do MST

A presidenta Dilma Rouseff (PT) passou a última segunda-feira (25/7) em visita a Alagoas, no intuito de lançar em nível regional programas que atendem a população que vive na chamada pobreza extrema. O que Dilma não contava era com a presença de 400 manifestantes que a acompanharam em sua visita, ligados aos movimentos camponeses e ao movimento de servidores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Na formação do palanque de autoridades, após a reunião de Governadores do nordeste, Dilma foi calorosamente recepcionada por cerca de 400 militantes dos movimentos de luta pelo direito à terra em Alagoas (Comissão Pastoral da Terra – CPT, Movimento de Libertação dos Sem Terra – MLST, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST e Movimento Terra, Trabalho e Liberdade – MTL).

Com palavras de ordem que reivindicavam a Reforma Agrária como forma de combater a miséria, consolidando políticas estruturantes, os Sem Terra chamaram a atenção da bancada de honra, que contava com a presença de Governadores, Prefeito de Arapiraca, Parlamentares alagoanos e Ministros de Estado. A faixa erguida pelo grupo em manifestação pedia para que a presidenta desse especial observação ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), com aumento da dotação orçamentária, novos concursos e uma reestruturação física e normativa.

“Demos o recado claro à presidenta para que enxergue a Reforma Agrária como uma oportunidade de alterar as bases estruturais que fundamentam a desigualdade social e, consequentemente, a miséria”, anunciou Débora Nunes, membro da Direção Nacional do MST. Segundo Débora, tanto as famílias acampadas, como as já assentadas precisam dessa atenção especial. No caso dos assentamentos, a falta de infraestrutura e de uma política de investimentos do governo leva essas áreas a uma situação de prejuízo em relação ao todo dos municípios onde estão inseridas. Faltam estradas, pontes, escola, saúde, saneamento, acesso a bens culturais e até água para plantar.

Os servidores ligados ao Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Alagoas (Sintufal) também levaram até a presidenta suas reivindicações, já em negociação desde a declaração nacional de greve pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra). Os manifestantes, que portavam até um boneco-gigante de “Dilma”, foram impedidos de entrar no local onde Dilma Rouseff discursou.