Famílias conquistam assentamento após 13 anos de luta no Paraná


Por Geani Paula de Souza
Da Página do MST

“Quanta Terra, quanta Terra!”. Foi com essas palavras soando forte que teve início a mística de abertura no ato de sorteio dos lotes para o Assentamento Valmir Mota de Oliveira, localizado no munícipio de Cascavel (PR), nesta terça-feira (2).

Por Geani Paula de Souza
Da Página do MST

“Quanta Terra, quanta Terra!”. Foi com essas palavras soando forte que teve início a mística de abertura no ato de sorteio dos lotes para o Assentamento Valmir Mota de Oliveira, localizado no munícipio de Cascavel (PR), nesta terça-feira (2).

Agora, depois de 13 anos de ocupação do complexo Cajati pelo MST, as 83 famílias finalmente terão seu pedaço de terra para garantir sua produção, com cada uma ficando com um lote de 7 hectares, já que em 2010, uma das fazendas do complexo foi destinada à Reforma Agrária.

“É uma grande conquista conseguir um assentamento na região de Cascavel, depois de tantos enfrentamentos com a sociedade rural e os grandes meios da burguesia que aqui existem”, diz Geni Teixeira, coordenadora do MST na região, que fala emocionada ao se lembrar dos grandes conflitos que já tiveram em torno desta luta. Um deles é a morte do companheiro Valmir Mota, o Keno, que leva o nome do assentamento em homenagem.

Um dos grandes desafios das famílias é trabalhar com a agroecologia em seus lotes, “mostrar para a sociedade cascavelense que é possível plantar alimentação saúdavel, em meio a um lugar que só havia trator, hoje várias familias vão produzir”, completa Geni.

Todavia a luta continua, uma vez que o problema da terra está longe de ser solucionado, já que ainda existem mais de 400 famílias acampadas em cima da área a espera de terra.