Dois acampamentos do MST sofrem despejo violento em PE

Da Página do MST As famílias de trabalhadores rurais Sem Terra acampadas nas fazendas Consulta e Jabuticaba, localizadas no município de São Joaquim do Monte, agreste Pernambucano, estão sofrendo mais um despejo violento nesta terça-feira. A situação é tensa na fazenda Jabuticaba, onde policiais militares passaram a cercar o acampamento no começo da tarde desta terça-feira. As duas fazendas são áreas de conflito histórico.


Da Página do MST

As famílias de trabalhadores rurais Sem Terra acampadas nas fazendas Consulta e Jabuticaba, localizadas no município de São Joaquim do Monte, agreste Pernambucano, estão sofrendo mais um despejo violento nesta terça-feira.

A situação é tensa na fazenda Jabuticaba, onde policiais militares passaram a cercar o acampamento no começo da tarde desta terça-feira.

As duas fazendas são áreas de conflito histórico.

Em fevereiro de 2009, dois dias depois de outro despejo violento na fazenda Jabuticaba, um grupo de pistoleiros armados invadiu o acampamento da fazenda Consulta no intento de armar um massacre contra as famílias ali acampadas.

No dia 27 de fevereiro de 2009, foi fechado um acordo para garantir a segurança das famílias acampadas com o ouvidor agrário nacional, Gercino José da Silva Filho, o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Pernambuco, Abelardo Sandes, e de representante do governo do Estado.

Nesse acordo, estava previsto que em 30 dias o Incra faria a desapriação de uma área para o assentamento dessas famílias.

Depois de dois anos, em total descumprimento desse acordo e da própria legislação brasileira, o Incra não desapropriou nenhuma área para assentamento das famílias e o governo do Estado não desapropriou a Fazenda Consulta por interesse social.

Em decorrência dessa total inoperância do Incra e do governo estadual, as famílias, que já vivem permanentemente sob ameaça de pistoleiros, sofrem mais uma violência por parte da Policia Militar.

O MST condena a inação do Incra, do Governo do Estado e dos órgão responsáveis em resolver um conflito social que se arrasta há mais de seis anos, colocando as famílias Sem Terra sob risco de morte pela ação dos pistoleiros ou da própria policia militar.