Camponesas protestam contra pulverização de agrotóxicos


Por Geanini Hackbardt
Da Pàgina do MST

 

As mulheres da Via Campesina e o Fórum Regional por Reforma Agrária ocupam, nesta manhã (3/3), a BR 050, no km 121, entre Uberlândia e Uberaba, e fazem roçado na monocultura de cana da empresa Saci, em denúncia à utilização de aviões de pequeno porte para pulverização de agrotóxicos, que polui o solo e a água da região.

Por Geanini Hackbardt
Da Pàgina do MST

 

As mulheres da Via Campesina e o Fórum Regional por Reforma Agrária ocupam, nesta manhã (3/3), a BR 050, no km 121, entre Uberlândia e Uberaba, e fazem roçado na monocultura de cana da empresa Saci, em denúncia à utilização de aviões de pequeno porte para pulverização de agrotóxicos, que polui o solo e a água da região.

A ação envolve 400 pessoas que estiveram reunidas no Seminário de Mulheres da Via Campesina, nos dias 1 e 2, em estudos e debates sobre o modelo de produção estabelecido no Brasil e a violência em relação às mulheres.

O protesto faz parte de uma agenda nacional dos movimentos sociais que marca o 8 de março, Dia Internacional de Luta das Mulheres.

A empresa monocultora de cana, aliada a uma grande usina produtora de álcool, tomou vastas extensões de terra para o plantio. Há suspeitas de que houve uma derrubada massiva de árvores nativas, que são arrancadas e enterradas com a raiz, formando um grande cemitério, prática comum na região, à qual o IEF (Instituto Estadual de Florestas) faz “vista grossa”.

A Saci, juntamente com a Usina Vale do Tijuco, utilizam grandes quantidades de veneno, jogados de aviões de pequeno porte que poluem o solo e a água da região. Não produzem alimentos, geram pouquíssimos e precários empregos, ou seja, a terra nas mãos do latifundiário e dominada pelo agronegócio não cumpre sua função social.

A Via Campesina traz a proposta da Reforma Agrária Popular, que deve ser conquistada a partir da luta de toda a sociedade e valoriza a agricultura camponesa, com base na soberania alimentar e na produção agroecológica.